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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PV Digest #1: Winter [2014]




Quando eu comprei o LP do American Football pela Polyvinyl Records, me foi oferecido dois downloads grátis de bandas da gravadora. Como amante de música e pão duro que sou, aceitei na hora. Uma é essa coletânea, Winter. O Generationals abre alas com seu forte indie pop, um electro à vontade para dançar antes da meia noite. O Starfucker vem com um som claro, algumas pitadas alternativas, mas essencialmente um pop eletrônico. O Pillar Point dá sequencia no indie-pop-eletrônico que parece ser uma boa base da gravadora. Painted Palms continua a maratona para dançarinos cabeçudos, com uma canção que ao mesmo tempo em que é agradável, é fácil de esquecer. O of Montreal vem com todo hype em cima, provavelmente a banda mais conhecida da gravadora, um pop rock com um “quê” de esquisitice.

Sonny and the Sunsets começa a segunda parte com sua new wave inspirada por rock de garagem e psicodelia. A segunda cota parece ser voltada mesmo mais às bandas garagem, porque depois o Warm Soda aparece com um lo-fi que lembra a explosão do que se convencionou a chamar de indie rock ou Power pop, lá pra 2001. O Saturday Looks Good to Me oferece uma música de guitarra muita calcada em melodias pops. A banda Wampire é um dos pontos altos do disco, misturando frações eletrônicas com guitarras bem ruidosas. O som  de Shugo Tokumaru é exuberante, divertido, leve.

A terceira parte é -de goleada- a melhor da coletânea! O The Dodos faz uma parede de sons agradáveis, dream pop. O Owen inaugura a fração Kinsella na coletânea, com aquele pop lindíssimo melancólico que só o Mike sabe fazer, com escapadas para diversos sons, esse homem não erra! Um indie pop bem comum cabe ao Someone Still Loves You Boris Yeltsin. O trio final é maravilhoso (e seria ainda mais se trocassem o Owen pelo Boris...), o Xiu Xiu vem com suas melodias cativantes obscuras, abusando de experimentalismos eletrônicos dando o efeito alucinógeno na parada. O Owls prossegue com a tradição Kinsella, dessa vez Tim toma conta do vocal enquanto a bateria fica com Mike; e, na boa, o som dessa banda é perfeita, nada pra reclamar, a balança ideal entre música torta e convencional. Quem fecha bem o jogo é o Their / They're / There, outra vez com Mike na bateria, a banda é passional, com umas melodias submersas em guitarras altas, que se desprendem de vez no fim da música e enlouquecem a porra toda.

Como toda compilação, inevitavelmente você vai encontrar coisas que lhe agradem e outras que não. De qualquer forma, é sempre bom sair da zona de conforto ‘sonora’ para ouvir novas coisas e quem sabe, no meio desse mar de músicas que a internet vem horizontalizando, achar algo que lhe toque.

1. Say When (Generationals)
2. Sazed (STRFKR)
3. Eyeballs (Pillar Point)
4. Spinning Signs (Painted Palms)
5. She Ain't Speakin' Now (of Montreal)
6. Void (Sonny & The Sunsets)
7. Tell Me In A Whisper (Warm Soda)
8. Break In (Saturday Looks Good to Me)
9. Giants (Wampire)
10.Katachi (Shugo Tokumaru)
11.Substance (The Dodos)
12.Blues To Black (Owen)
13.Young Presidents (Someone Still Loves You Boris Yeltsin)
14.Stupid In The Dark (Xiu Xiu)
15.I'm Surprised… (Owls)
16.Curtain Call (Their / They're / There)

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