PARTE I
Estávamos num ambiente sem luz e eu mal conseguia ver sua face e você falava sobre o significado real dos sonhos encarando uma extensão contínua brutalmente escura. Eu tava com medo daquela escuridão te engolir, mas parece que você já sabia de tudo.
Você se esquecia dos artifícios e estava numa terra muito além de mim. Embora, fisicamente próximos, era como se quando você cerrava os olhos e encarava o continuum toda a álgebra da escuridão potencializasse nosso já marcado desencontro. Isso há muito. Eu ainda acreditava em Deus e você sorria quando eu falava da salvação eterna. Você estava sempre sorrindo.
Eu procurando desculpas para beber e ficar de porre. Frequentemente esquecendo de suas palavras gentis e da sinfonia quente, incisivamente derretedora, duma cidade que impunha sua condição através de ondas calorentas. "é por isso que eu nunca vou visitar Lavras" você disse, com o sorriso calculado da desculpa bem-dada.
E eu percebi que a conversa ia morrendo e você ia adentrando na minha paisagem visual se dissolvendo com seu sorriso familiar. Sua face estava assimétrica e eu achei tudo muito estranho. Eu me escondi no quarto abafado pra caralho para usar drogas recreativamente, você sabe. Daí quando voltei você não estava mais lá e a cidade parecia maior em extensão do que eu suponho ser- estabelecendo luzes mercuriais diagonando com a antipatia de todos bravos pra caralho com outro dia de bosta. Olhando com asco para as quinas das calçadas e chutando a canela do vento numa exacerbação da fúria interior.
Você diria "a gente não mudou nada. A gente não conhece nada". Sempre mantendo aquele sorriso, de quem, de alguma maneira, consegue dormir sem se coçar nestas noites peçonhentas. Eu mesmo ouvi várias vezes - numa fusão de sono e vertigem- moscas entoando Sunday Morning num zunindo estrondoso enquanto você arrumava suas malas dizendo que nunca mais iria voltar.
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
A distância entre nós- parte I
"quando foi a última vez que você assim olhou o luar e pensou numa coisa assim interessante"
"uma coisa importante, é isso que cê quer dizer?"
"é, tipo, eu quero falar quando você se sentiu importante e grandioso"
"é todo dia meio assim, sabe? eu nem sei das coisas que fiz. Tipo; eu dobrei, lavei roupas e pensei em armar uma bomba nuclear"
"uma bomba assim grande?"
"é, teoricamente."
"todo dia acordar, olhar pra sua cara amassada no espelho e 'porra ainda não fiz a bomba'"
"e outras questões: tipo eu não fiz PORRA nenhuma sabe"
"o grande mérito de inatividade vai para você"
"e uma porção de vagabundos da rua Oeste"
"você ainda vai lá?"
"em 20% dos feriados nacionais ou municipais. estaduais, jamais"
"você viu que o Jôni tá se candidatando pra prefeito?"
"e qual a plataforma dele?"
"vanguarda e cu"
As frias especulações sobre ser algo. Um rio se movendo com um barquinho elegante de madeira em cima. O cheiro podre da floresta me envolvia. Devia ser de bosta de cavalo. Eu olhei entre os raiozinhos de luzinhas das árvores para confirmar que Eskeleto tinha ido embora.
"eu quero que você vai pra casa e conheça a minha mãe"
"não é cedo pra isso"
"tipo, assim, você quer saber o porquê disso tudo?"
"acorda. se toca. não é como se eu tivesse te perguntando umas coisas nebulosas ou paradas sinistras"
"mas você quer ser livre pra, tipo, não precisar conhecer ninguém da minha família"
"e você quer, meio que, casar. essas coisas, né?"
"eu queria. numa floresta"
"longeee"
"... igual aos dias antigos; a calma do interior, a estrada esburacada e deserta, o vento que mais parece um tufão de calor do que o vento propriamente dito"
"já te disse que falta disciplina?"
"você me disse que falta método"
"você é muito rigoroso com as palavras"
"então eu sou metódico. não é isso que você tá dizendo?"
"eu to dizendo sobre você ir lá fora e criar algo consistente, não essas merdas de"
"que merdas?"
"melhor deixar para lá"
E afastou os olhos verdes compenetrados em algo ao meu nordeste enquanto a fumaça do seu cigarro subia lentamente preenchendo a distância entre nós
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
tênis enquanto evento; o deslumbre a partir de Roger Federer
Se o tênis é notório por ser um dos esportes individuais mais matemáticos que existem, Roger Federer é inocente e culpado por ser, provavelmente, o maior introdutor do dinamismo categórico dentro da equação relativamente estável (pontos, aces, breaking points, etc) que o esporte sempre apresentou. Porque o suíço é o elemento entrópico; ele tem melhor que todos os tenistas vivos as qualidades básicas, mas é através deles que seu jogo dá abertura para uma ressignificância do esporte. Não apenas isso; suas relações além-esporte (as jogadas que têm origem em determinado ponto da partida e flutuam não-caculadamente) elevaram o nível de tenistas que já estavam num patamar muito alto. Mais precisamente: Rafael Nadal e a longa rivalidade entre os dois que, tranquilamente, saiu da esfera tenística para deslumbrar plateias em todo o planeta. Em geral, todas as objeções ao tênis do suíço são negadas à priori: ele já é dono dos recordes. Então, por meio de um testemunho de experiência ( tal qual feito por David Foster Wallace em 2006) espera-se que se possa catalogar o dinamismo de Federer, que transcende o elemento tenístico para se afirmar como experiência unitária (embora nascida de determinada tradição). Mais importante: tentar encontrar pontos em comum entre um esporte "banal" e evidenciar como, a partir de sua execução, é possível estabelecer um diálogo com as complexidades contemporâneas. Federer flerta com o desastre em diversos games- os saques "doidos" no segundo-serviço, as "deixadinhas" entre uma troca violenta de jogadas. E é através desta combinação que é possível pressentir em seu tênis um evento.
Federer teve que adaptar seu tênis para um estilo cuidadoso, pois não ganhava há quase cinco anos uma final de Grand Slam (neste tempo, perdeu três finais para Djokovic- cujo humor e contaminação de certo desdém com o status quo tenístico mereceriam um ensaio a parte). A suposição de tal transitividade era uma readaptação relativamente mais lenta (principalmente porque, para o Aberto Da Austrália, Federer vinha de um processo recuperativo de seis meses). Mas a reformulação de seu tênis não deixou de procurar em técnicas próprias antigas e transformá-las de maneira a deixar seu jogo (quase-nunca)cadenciado em uma espécie mais letal de ataques e decisões efetivas. Seria apenas mais "produtivo" se fosse qualquer outro jogador no mundo, mas o suíço não abandona o "evento" e parte para jogadas tão improváveis quanto letais desde o primeiro set. A visão de Federer: manifestar essa adaptação ao tênis moderno e também adaptar o tênis moderno ao seu estilo. Não poderia ser de outra maneira para quem é o maior vencedor na história. Em outras palavras: quando o tênis moderno nomeia certo estilo de jogo que perdurava, tranquilamente, nos últimos cinco anos, o suíço teve não apenas que adaptar seu estilo (isso ele já havia feito nas três finais anteriores contra Djokovic), mas estabelecer certa origem impenetrável que devia ser buscadas por outros tenistas. Federer mostra esta origem em diversas jogadas indeterminadas. Logo depois destas, a câmera da televisão revela seus olhos estoicos estáticos frente uma plateia deslumbrada.
O multi-campeão Rafael Nadal, ao ser entrevistado pelo apresentador oficial da televisão australiana, pontuou que o "tênis é um esporte de duelos". E é saindo de um marasmo que normalmente predomina num esporte até alguém reinventá-lo, que espanhol e suíço proporcionaram os jogos mais apaixonantes que se tem notícia, em qualquer esporte, nos últimos 15 anos. Evidentemente, nós podemos interpretar as palavras do espanhol de maneira meta esportiva: é no atrito extremo (radicalismo) que diversos estados - antes inimagináveis- passam a ser revelados e explicitar o Evento. O resultado de nossa interpretação é nomear, a partir da sensibilidade esportiva, os fenômenos abertos que introduzem experiência nos espectadores. Agora que nomeamos os pontos do deslocamentos a partir do tênis e da partida final do Aberto Da Austrália, é essencial ir para outros campos analíticos que advogam para noção de "tênis enquanto evento; o deslumbre a partir de Roger Federer".
Primeiro: embora o elemento-deslumbrante surja a partir do suíço, é necessário condicionar o ponto de vista do espanhol, maior rival e também elemento propulsionador do jogo do outro (isso pode ser encarado, infelizmente, como mera competição neoliberal. O que é indubitavelmente fatal nas condições econômicas atuais). Segundo: o espanhol se recuperou apenas há pouco tempo de uma lesão no punho esquerdo, o que deu antecipadamente para os dois a condição de "zebra". O que foi levado à condição maior quando o espanhol chegou apenas às quartas-de-final num torneio menor no início de janeiro. Terceiro: o suíço vinha não apenas num recondicionamento operacional do seu modo de jogar, mas da cautela que seis meses longe das quadras teoricamente exigem. Se condicionado o "duelo" como um encontro, então o tênis abre para manifestações externas (contexto, história, verdade-genérica). O tênis mudou como todos os esportes, mas é a tradição primária do "encontro" que dinamita o limite de possibilidades para a abertura que permite eventos originários (uma final com intensos 5 sets).
Nadal discerniu perfeitamente o jogo do suíço depois do final do primeiro set, e voltou para o segundo mais focado e com uma estratégia de desgastar o rival. As estruturas modificadas de seu sistema de jogo evidenciam o que foi pontuado anteriormente: o jogo do suíço exige variações que, teoricamente, os melhores tenistas do mundo não arriscariam. Não é preciso surpreender Federer, é preciso surpreender a si-mesmo e aplicar um tênis múltiplo, tentando cobrir toda a área objetiva da quadra. Esse é precisamente o tipo de adversário que o suíço atrai para si; não à toa, a maioria de suas finais são caracterizadas por variações que os adversários ainda não haviam apresentado nos torneios. Reparem: os adversários negam certo estilo de jogo que vinham praticando para poder encontrar dentro dos seus próprios limites técnicos alguma demarcação que os alavanque para uma partida parelha. Um certo método é requerido, no entanto, para abdicar do seu estilo primário e ir para o secundário (e talvez nesta transição esteja a origem da capacidade técnica, física e mental de cada jogador. Especialmente Nadal).A existência deste método nunca foi melhor encarnada e otimizada do que em Rafael Nadal. No entanto, por mais que este método esteja praticamente cravado no espanhol, cada partida entre os dois ele surge de maneira mais sofisticado; como um mecanismo que, mesmo considerando a idade de ambos relativamente avançada para um esporte de alto nível, se aperfeiçoa ao sempre se reinventar.
Isso sugere algo que vai muito além do jogo. Seria possível tal estipulação do evento (as múltiplas formas do espanhol encarar a mesma partida) com a ausência do elemento Roger Federer? Certamente não. Um método para a atualização constante das multiplicidades no jogo do Nadal apenas pode ser explicitado contra o suíço. É a partir dai que as multiplicidades surgem. Em outro contexto, eu diria que Nadal não seria tão absolutista (percorrer literalmente toda quadra incansavelmente). Desde que Nadal passou a rivalizar contra Federer, sua performance do excesso (correr a quadra toda, saques fortes, defesas sólidas) cedeu para uma atualização imprevisível enquanto jogador. O que ficou bem claro na partida quando o espanhol desestruturou o jogo do seu rival com uma técnica usualmente atribuída ao outro: a "deixadinha". Não se enganem, qualquer tenista do mundo pode fazer uma, mas naquele momento em específico e contra Roger Federer apenas o espanhol pôde adaptar a situação do seu jogo. É possível generalizar o jogo do espanhol apenas antes dele começar a bater de frente com o suíço. Alguém pode sugerir que isso apenas é uma melhora no jogo sempre incansável do espanhol, mas com certeza é mais do que isso: é elaborar, a partir do recolhimento externo (Federer), uma multiplicidade própria que explore o lugar (quadra)de maneira que os absurdos limitados são evidenciados no jogo.
O resultado do terceiro set (vencido por 6 x 1 por Federer) necessitou de uma segunda adaptação (ou exploração de multiplicidades) por parte do espanhol. Jogar contra o suíço é isso; se reinventar constantemente em busca de individualidades nunca exploradas .Não há garantias de que esta adaptação abrupta funcione, mas é a única coisa pensável se alguém quer encarar o suíço. Talvez um questionamento ainda mais essencial possa entrar na situação: por quê alguém não tentar ser o elemento-cataclismático tal qual Federer?
E no último set Nadal garantiu um jogo que todos nós pudemos apreciar. Em seu tênis, obteve-se alguns dos acessos que barraram qualquer generalidade em respectiva performance. Um procedimento "verdadeiro" de tênis foi originado e nele o suíço sentiu-se a vontade para ampliar (ainda mais) seu leque de jogadas. Em um processo aparentemente infinito de "ir à rede" e "jogar nos fundos", o que se pôde testemunhar foi alguém adquirindo (de maneira jocosa e também desesperada) toda a situação do jogo-até-então para seu jogo a-partir-daí. Tal resultado é obviamente atribuível ao suíço mas pode-se louvar Nadal por exigir um adversário assim. Mas Federer não poderia descansar. Ele, após um intenso rali, quebrou o jogo do espanhol para igualar 3 x 3 no último set e a partir daí começou somente o seu evento.
Federer, a partir desta quebra, foi outro jogador. Ele multiplicou seu arsenal e estendeu as delimitações de tudo o que havia acontecido no Aberto Da Austrália. Graças ao esporte que é o tênis, Roger Federer pode vencer três games consecutivos de uma maneira indubitavelmente imbatível. Em outras palavras, ele desenvolveu um sistema próprio quando não havia tempo para uma terceira adaptação do espanhol. Alguns espectadores poderiam querer isso, mas simplesmente não havia mais espaço para outra mudança (seriam necessários mais sets). Após um último desafio que provou sua bola boa, Federer pode-se juntar a outro nível que o mesmo Federer havia alcançado cinco anos atrás enquanto o espanhol admitia a vitória incontestável do seu rival.
Nadal discerniu perfeitamente o jogo do suíço depois do final do primeiro set, e voltou para o segundo mais focado e com uma estratégia de desgastar o rival. As estruturas modificadas de seu sistema de jogo evidenciam o que foi pontuado anteriormente: o jogo do suíço exige variações que, teoricamente, os melhores tenistas do mundo não arriscariam. Não é preciso surpreender Federer, é preciso surpreender a si-mesmo e aplicar um tênis múltiplo, tentando cobrir toda a área objetiva da quadra. Esse é precisamente o tipo de adversário que o suíço atrai para si; não à toa, a maioria de suas finais são caracterizadas por variações que os adversários ainda não haviam apresentado nos torneios. Reparem: os adversários negam certo estilo de jogo que vinham praticando para poder encontrar dentro dos seus próprios limites técnicos alguma demarcação que os alavanque para uma partida parelha. Um certo método é requerido, no entanto, para abdicar do seu estilo primário e ir para o secundário (e talvez nesta transição esteja a origem da capacidade técnica, física e mental de cada jogador. Especialmente Nadal).A existência deste método nunca foi melhor encarnada e otimizada do que em Rafael Nadal. No entanto, por mais que este método esteja praticamente cravado no espanhol, cada partida entre os dois ele surge de maneira mais sofisticado; como um mecanismo que, mesmo considerando a idade de ambos relativamente avançada para um esporte de alto nível, se aperfeiçoa ao sempre se reinventar.
Isso sugere algo que vai muito além do jogo. Seria possível tal estipulação do evento (as múltiplas formas do espanhol encarar a mesma partida) com a ausência do elemento Roger Federer? Certamente não. Um método para a atualização constante das multiplicidades no jogo do Nadal apenas pode ser explicitado contra o suíço. É a partir dai que as multiplicidades surgem. Em outro contexto, eu diria que Nadal não seria tão absolutista (percorrer literalmente toda quadra incansavelmente). Desde que Nadal passou a rivalizar contra Federer, sua performance do excesso (correr a quadra toda, saques fortes, defesas sólidas) cedeu para uma atualização imprevisível enquanto jogador. O que ficou bem claro na partida quando o espanhol desestruturou o jogo do seu rival com uma técnica usualmente atribuída ao outro: a "deixadinha". Não se enganem, qualquer tenista do mundo pode fazer uma, mas naquele momento em específico e contra Roger Federer apenas o espanhol pôde adaptar a situação do seu jogo. É possível generalizar o jogo do espanhol apenas antes dele começar a bater de frente com o suíço. Alguém pode sugerir que isso apenas é uma melhora no jogo sempre incansável do espanhol, mas com certeza é mais do que isso: é elaborar, a partir do recolhimento externo (Federer), uma multiplicidade própria que explore o lugar (quadra)de maneira que os absurdos limitados são evidenciados no jogo.
O resultado do terceiro set (vencido por 6 x 1 por Federer) necessitou de uma segunda adaptação (ou exploração de multiplicidades) por parte do espanhol. Jogar contra o suíço é isso; se reinventar constantemente em busca de individualidades nunca exploradas .Não há garantias de que esta adaptação abrupta funcione, mas é a única coisa pensável se alguém quer encarar o suíço. Talvez um questionamento ainda mais essencial possa entrar na situação: por quê alguém não tentar ser o elemento-cataclismático tal qual Federer?
E no último set Nadal garantiu um jogo que todos nós pudemos apreciar. Em seu tênis, obteve-se alguns dos acessos que barraram qualquer generalidade em respectiva performance. Um procedimento "verdadeiro" de tênis foi originado e nele o suíço sentiu-se a vontade para ampliar (ainda mais) seu leque de jogadas. Em um processo aparentemente infinito de "ir à rede" e "jogar nos fundos", o que se pôde testemunhar foi alguém adquirindo (de maneira jocosa e também desesperada) toda a situação do jogo-até-então para seu jogo a-partir-daí. Tal resultado é obviamente atribuível ao suíço mas pode-se louvar Nadal por exigir um adversário assim. Mas Federer não poderia descansar. Ele, após um intenso rali, quebrou o jogo do espanhol para igualar 3 x 3 no último set e a partir daí começou somente o seu evento.
Federer, a partir desta quebra, foi outro jogador. Ele multiplicou seu arsenal e estendeu as delimitações de tudo o que havia acontecido no Aberto Da Austrália. Graças ao esporte que é o tênis, Roger Federer pode vencer três games consecutivos de uma maneira indubitavelmente imbatível. Em outras palavras, ele desenvolveu um sistema próprio quando não havia tempo para uma terceira adaptação do espanhol. Alguns espectadores poderiam querer isso, mas simplesmente não havia mais espaço para outra mudança (seriam necessários mais sets). Após um último desafio que provou sua bola boa, Federer pode-se juntar a outro nível que o mesmo Federer havia alcançado cinco anos atrás enquanto o espanhol admitia a vitória incontestável do seu rival.
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