“La poesia es
conicimiento, salvación, poder, abandono”, Ocatvio Paz.
Aqui está o que eu aprendi; a
vida é como distorcemos a verdade objetiva concreta. Quando eu fico bem, não
consigo ver nenhuma nuvem no céu. Os problemas diários parecem tão distantes,
incapazes de me saturar. Até esqueço que há em mim um gosto amargo de derrota!
Até esqueço que estou sendo um morto-vivo a maior parte do tempo. Dá-me vontade
enorme de pegar a bicicleta, colocar Bon Voyage nos fones de ouvido e sair
gritando para o mundo “vamos viver!”. Evidentemente temos banho gelado,
estacionamentos lotados, mas somos tão jovens, “vamos viver!”.
Arrumar uma maneira de escapar
disso, desses dias monótonos; onde a constância se faz onipresente e parece que
tudo reservado a nossa vida foi uma mesmice morta. Para que quando os pássaros
cantarem na minha janela, eu não fique irritado por acordar outro dia cedo; e
sim apreciar o mistério do não compreendido. Para não me sentir um estranho em
todos os lugares que frequento.
My dear friends
You’d better join me
in that dark pond
Where the water’s cold
but where love keeps us warm
You’d better jump as
fast as you can
And bring some stories
to tell
To make them live,
live forever
No we won’t live
forever, no we won’t live forever
But they will, they Will
Com todas as histórias ao meu
lado, numa nostalgia proustiana de um tempo vivido, eu estou pronto para
suportar a tempestade. Porque não há tempestade tão desgraçada quanto os dias iguais
que tenho vivenciado, a indiferença mecânica a qual somos submetidos. As
pessoas ao meu redor em breve vão desaparecer, assim como o SPORT, assim como
as tardes em que caminhei pela cidade berrando músicas no meu íntimo. Não me
importando com o clima que fazia, se muito sol se muitas nuvens, apenas caminhando
e sentido que estava vivo. Sentindo, enfim, o gosto de algo.
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Para ouvir, acesse o bandcamp da banda:
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