“Nem é essa que dói e não se sente,/ mas ferida a bramir fúrias de razão
[...]// [...]E chegam os punhais, os comprimidos, sonha-se a veia a rebentar em
cor”, Ana Luísa Amaral.
Jan Garbarek estudou música com o lendário George Russell.
Inclusive participando de um álbum jazz rock com seu professor. O uso do rock
com jazz vanguardista é o ponto de partida para a mistura multifacetada e até
experimental com o guitarrista Terje
Rypdal.
The Esoteric Circle vai à mesma linha que o “fusion” que era feito por artistas como Lenny White e a música de vanguarda de grupos como o Shakti. As composições rondam em torno
ou das influências de jazz propriamente ditas, como fica claro a mão de Coltrane, ou no rock mais evidente com
os acordes bem entrecortados do Rypdal.
Alguns dos temas utilizados aqui
seriam reaproveitados por Russell depois. Barbarek
está inteiramente no tenor, e seu estilo vai da geometria de Anthony Braxton à
experimentação da fase mais vanguardista de Miles Davis, com ataques muito mais
agressivos do que ele ficou mundialmente conhecido.
Ouvintes que gostam da sua
primeira fase na ECM, entre 1970 e 1974, encontrão muito aqui, da melodia ao
experimental, onde estão os álbuns mais vanguardistas e também as obras-primas.
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