As coisas que eu ouvi (quando
esse disquinho foi lançado) eram mais ou menos isso: “nossa, que cedo para um
lançamento” (o disco, se bem me lembro, foi lançado na primeira semana do ano).
O que não impossibilita o fato do I Kill
Giants (IKG) explodir tua cabeça com acordes métricos mais quentes que
esses dias de outono que estamos suportando. O que No One Will Ever Leave You afirma é que tudo realizado no primeiro
disco cheio não foi por sorte. Como eles aprimoraram tanto seu som e realmente evoluiu,
a palavra “hiatus” soa um pouco
triste.
Ainda em uma mistura sonora
certeira que cruza elementos do indie
com o math rock em andamentos
estimulantes, riffs impetuosos e
contrariedade constante. As guitarras batalham enquanto os vocais de Dylan Hanwright e Chris Lee, os dois
guitarristas, revezam-se adicionando dinâmica nas canções. No entanto, não fica
nada desarrumado ou fora do lugar, ao contrário, a sensação é um pouco “pop”.
Como é o último lançamento deles em algum tempo, as duas canções do meio dão a
sensação de estarem lá por obrigatoriedade de serem lançadas. É engraçado como
embora ambas sejam essencialmente rápidas- nenhuma dessas duas tem mais que um
minuto- encontramos diversos elementos como garagem punk, screamo e os tão famosos riffs
métricos que resultam em uma dinâmica extremamente interativa. Mas toda essa
pré-formulação não impede a banda de forma alguma de experimentar e realizar
divertidas sessões de jam.
No One Will Ever Leave You é uma continuação do primeiro disco
cheio, contendo sarcasmo representando os elementos debochados que surgem nos
fragmentos de cada canção. As quatro faixas somam apenas oito minutos, o que
daria uma boa prévia de futuros trabalhos. Em “Butcher...” temos um prenúncio de músicas que poderiam facilmente
virar o hino da galera de subúrbios norte-americanos durante o verão. A junção
de elementos indies com viradas muito
características fecha o álbum com classe. A recomendação fica para quem gosta
de Adventures e Dads. Nesse disco,
temos tranquilidade, descanso e uma atmosfera ampla (juro que não é um anúncio
de imóvel no Morumbi).
Como um monstro banqueiro
desesperado para ganhar dinheiro e fechar negócios em pequenas ou grandes
quantidades, o I Kill Giants atingiu
seu alvo estético. Como sempre. Seria muito pedir para todas as poucas e lindas
pessoas que leem esse blog mandar uma carta- ou ligar ou fazer um baixo
assinado- para essa banda não acabar?
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