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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Swans- The Seer [2012]

Swans desencadeiam um novo tipo de inferno na Terra: uma besta febril pós-apocalíptica que levou trinta anos para ficar pronta!

Para aqueles de nós que consomem música que nem água, não há muita coisa que pode genuinamente aparecer como surpresa. É por isso que quando alguma coisa totalmente estranha e ingenuamente original surge, causa celebração! O décimo segundo álbum de estúdio do Swans, The Seer, é parente de um pesadelo que você simplesmente não consegue se livrar; agita para o núcleo e mesmo que você pense estar sonhando, você não consegue voltar atrás. Consome todos os palmos de profundidade em dois discos e duas horas de trevas; laboriosas estruturas drone com viradas imprevisíveis que empresta a sensação de estranheza de Alice quando foi para a porta errada. Em outras palavras, não há alguma parte de The Seer que você vai prever. Novos ouvintes ficarão surpreendidos com seu âmbito massivo e passagens horrivelmente repetidas que, para ser franco, são para avançados. No entanto, para os fãs já experientes de Swans, é o que estávamos esperando: uma obra-prima significando tudo que a banda tem sido e tudo o que provavelmente será.

De acordo com Michael Gira, líder do Swans, The Seer levou trinta anos para ser criado. Ele afirmou, “É a culminação de todo álbum prévio do Swans assim como qualquer outra música que eu criei, estive envolvido, ou imaginei”. Para aqueles que não seguem a carreira da banda, eles lançaram seu primeiro álbum em 1983, entraram em um longo hiatus em 1997 que demorou treze anos, retornaram para a cena com o criticamente aclamado My Father Will Guide Me Up a Rope to the Sky em 2010, e agora se encontram derramando seu décimo segundo álbum em seus vinte e nove anos de carreira. Há muita influência pesando sobre o álbum, mas o Swans consegue tirá-la brilhantemente! The Seer é um álbum tão massivo quanto Lift Your Skinny Fists Like Antennas To Heaven, do Godspeed You! Black Emperor, mas é decididamente menos estruturado. Ao invés da construção de repetitivos clímaces, The Seer opta por mudanças de tempo rápidas e repentinas. Esse tipo de fenômeno ocorre dentro das faixas individuais, então não há exatamente nenhum quarto para sentir-se confortável. A desesperança que prima o ar do álbum apenas para adicionar a sensação de agitação e desarmonia, especialmente dentro da primeira metade mais chocante do álbum.

Falando de metades, há uma personalidade distinta para cada uma compondo o The Seer. A primeira convoca imagens de um arrebatamento. Estrelando um ritmo contagiante que é dirigido por backing vocals assombrados e uma batida industrial pesada, tudo estope em uma das coisas sonoras mais assustadoras que você vai testemunhar!

Quando a poeira se estabelecer, não resta nenhuma escolha ao ouvinte, exceto ser afetado. Mesmo se não há algum tipo de inspiração espiritual, é provável que a imensidão do álbum te engula por inteiro. Há muito que entender sobre The Seer- dos mínimos detalhes aos clímaces grandiosos- que não poderiam ser apreendidos depois de algumas poucas ouvidas. O esforço mais recente do Swans é absoluto em ideias (o melhor que são ideias aplicadas), contendo desde pós-rock ao rock alternativo, ambiente obscuro, stoner rock, metal industrial, e música drone. Depois de tanto tempo, só faz sentido as bandas começarem a ir mais devagar- mesmo até começar a reusar um pouco do seu material mais antigo numa tentativa de criar coisas que envolvam todo seu trabalho. O Swans conseguiu criar aquele álbum em grande escala compreensível, sem tropeçar nas armadilhas de confiar profundamente no seu passado. The Seer é exatamente tudo o que poderíamos ter esperança- é o Swans, permanecendo orgulhosos e descarados no auge do seu jogo após quase trinta anos. Não fique surpreso se todas as outras coisas caírem timidamente sob a sombra do Swans a partir de 2012!

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