Swans desencadeiam um novo tipo de inferno na Terra: uma besta
febril pós-apocalíptica que levou trinta anos para ficar pronta!
Para aqueles de nós que consomem
música que nem água, não há muita coisa que pode genuinamente aparecer como
surpresa. É por isso que quando alguma coisa totalmente estranha e ingenuamente
original surge, causa celebração! O décimo segundo álbum de estúdio do Swans, The Seer, é parente de um
pesadelo que você simplesmente não consegue se livrar; agita para o núcleo e
mesmo que você pense estar sonhando, você não consegue voltar atrás. Consome
todos os palmos de profundidade em dois discos e duas horas de trevas;
laboriosas estruturas drone com
viradas imprevisíveis que empresta a sensação de estranheza de Alice quando foi
para a porta errada. Em outras palavras, não há alguma parte de The Seer que você vai prever. Novos
ouvintes ficarão surpreendidos com seu âmbito massivo e passagens horrivelmente
repetidas que, para ser franco, são para avançados. No entanto, para os fãs já
experientes de Swans, é o que
estávamos esperando: uma obra-prima significando tudo que a banda tem sido e
tudo o que provavelmente será.
De acordo com Michael Gira, líder
do Swans, The Seer levou trinta anos
para ser criado. Ele afirmou, “É a culminação de todo álbum prévio do Swans assim como qualquer outra música
que eu criei, estive envolvido, ou imaginei”. Para aqueles que não seguem a
carreira da banda, eles lançaram seu primeiro álbum em 1983, entraram em um
longo hiatus em 1997 que demorou
treze anos, retornaram para a cena com o criticamente aclamado My Father Will Guide Me Up a Rope to the Sky
em 2010, e agora se encontram derramando seu décimo segundo álbum em seus vinte
e nove anos de carreira. Há muita
influência pesando sobre o álbum, mas o Swans
consegue tirá-la brilhantemente! The Seer é um álbum tão massivo quanto Lift Your Skinny Fists Like Antennas To Heaven, do Godspeed You! Black Emperor, mas é decididamente menos
estruturado. Ao invés da construção de repetitivos clímaces, The Seer opta por mudanças de tempo rápidas e repentinas. Esse
tipo de fenômeno ocorre dentro das faixas individuais, então não há exatamente
nenhum quarto para sentir-se confortável. A desesperança que prima o ar do
álbum apenas para adicionar a sensação de agitação e desarmonia, especialmente
dentro da primeira metade mais chocante do álbum.
Falando de metades, há uma
personalidade distinta para cada uma compondo o The Seer. A primeira convoca imagens de um arrebatamento.
Estrelando um ritmo contagiante que é dirigido por backing vocals assombrados e uma batida industrial pesada, tudo
estope em uma das coisas sonoras mais assustadoras que você vai testemunhar!
Quando a poeira se estabelecer,
não resta nenhuma escolha ao ouvinte, exceto ser afetado. Mesmo se não há algum
tipo de inspiração espiritual, é provável que a imensidão do álbum te engula
por inteiro. Há muito que entender sobre The
Seer- dos mínimos detalhes aos clímaces grandiosos- que não poderiam ser
apreendidos depois de algumas poucas ouvidas. O esforço mais recente do Swans é absoluto em ideias (o melhor que
são ideias aplicadas), contendo desde pós-rock ao rock alternativo, ambiente
obscuro, stoner rock, metal industrial,
e música drone. Depois de tanto
tempo, só faz sentido as bandas começarem a ir mais devagar- mesmo até começar
a reusar um pouco do seu material mais antigo numa tentativa de criar coisas
que envolvam todo seu trabalho. O Swans
conseguiu criar aquele álbum em grande escala compreensível, sem tropeçar nas armadilhas
de confiar profundamente no seu passado.
The Seer é exatamente tudo o que poderíamos ter esperança- é o Swans, permanecendo orgulhosos e
descarados no auge do seu jogo após quase trinta anos. Não fique surpreso se
todas as outras coisas caírem timidamente sob a sombra do Swans a partir de 2012!
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