Crash of Rhinos toma todas as implicações do nome da banda e as aglomera,
elaborando uma versão emocionante que pode muito bem ser um dos melhores álbuns
emo dos anos 10.
“WOOO YEAH” gritam os iniciantes
de Derby em sua estreia enquanto o baterista apressadamente tenta manter as
coisas, apenas para desistir logo depois quando a banda canta “FUCKING HELL!”,
voltando mais pesados e com mais intensidade. Espontaneidade forçada ou
grandiosidade genuína? O lado cético de mim implora para dizer que é coisa de
iniciante, mas ouvir a euforia pura e a imprudência na abertura rapidamente me
desloca para explicações mais profundas.
Apesar do fato de pegar a maioria
de suas sugestões do hardcore
emocional, esses garotos não estão definindo ser depressivos; isso é um
material rude de erguer os pulsos, ao mesmo tempo urgente e edificante. A
ligação mais óbvia é com o Cap’n Jazz
e seu marcante emo jovem, mas eles
esticam suas canções além dos breves e energéticos socos da lenda anteriormente
mencionada e criam épicos estruturados infundidos com acordes dinâmicos,
bateria ornamentada e vocal em coro lançados. Há sempre uma energia palpável
que dirige a faixa para frente, e mesmo quando eles excedem a marca de 6
minutos não é tempo perdido, fazendo os acidentes de pratos inevitáveis mais
poderosos! Eles também sabem exatamente a hora de cair para deslumbrantes
interlúdios no estilo do American
Football; você pensaria que eles são profissionais na cena com magistral
composição. Apesar de toda essa ambição, eles nunca perdem a imagem de um bando
de garotos bagunçando na garagem, criando esporadicamente música espiritual que
atua como um chamado.
É essa juventude e honestidade
que empurra o Distal de ser “só mais um álbum emo” para algo mais extraordinário, algo vital! Não é pelas letras,
todavia; eles cobrem os temas certos, cantando sobre ficar deprimido e corações
partidos, mas o maior sentimento que eles expressam é, bem, o sentimento de
estar numa banda. Há quase um sentido atrevido de autoconsciência de como é bom
gritar tudo para fora, de puxar o arpejo da guitarra até o limite, despejar
aquele preenchido tambor estrondoso que fará as crianças no bate cabeça ficarem
selvagens. Muitos atos emo visam
curar o ouvinte através de uma transferência- o lançamento passional do
vocalista pretendendo trazer alguma forma de catarse ao ouvinte. Esses manos
sabem esse jogo, mas vão para uma corrida ainda maior; escapismo. Esse
sentimento é tão poderoso que passa a depressão e o coração partido, onde eles
capturam o som suando adrenalina (só posso imaginar o quão lindo deve ser um
show desses caras), fazendo Distal uma afirmação de alegria de criar música e
compartilhar com o mundo.
Por todo prazer que eu acumulei
nesse lançamento, a ingenuidade cativante que repousa sobre a brilhante
composição aponta para potencial refinamento e maturidade. Embora talvez eles
ainda não saibam disso, esses malditos não sabem quão bons são; e por isso tem
futuro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário