O primeiro e único disco cheio do
American Football. Esse álbum é muito
relaxante, e difícil de situar em um gênero. Eu usaria as palavras “descanso” e
“tranquilizante” para descrever esse disco.
Para alguma informação prévia, American Football foi um trio de Urbana,
Illinois. Eu não posso dizer que eles
se encaixam em um gênero específico. Eu os vejo rotulados como “indie”, mas “chill out” seria talvez outro adjetivo apropriado. Esse é o tipo de
banda que fez um álbum, se você parar e ouvir cada faixa atenciosamente,
provavelmente vai pensar que cada linha é pra você, tão generalizante e ainda
assim intimistas os discursos abordados por Kinsella
aqui. Esse CD é uma excelente ouvida independentemente do humor que você se
encontra.
Em seu primeiro álbum cheio, não
há grandes mudanças do EP lançado um ano antes, com música muito, muito suave.
O baterista Steve Lamos toca trompete
em algumas faixas e o som do trompete se encaixa perfeitamente na música. Em
minha opinião, é o trompete que realiza a ponte fazendo o som não ficar só
“ótimo”, mas sim “soberbo”!
A guitarra vem calmamente, e
algum tempo depois você tem o primeiro gosto das letras/vocais incríveis nesse
álbum. As letras/vocais são realmente o que se destacam. O baixista, Mike Kinsella, é o vocalista. Talvez você
reconheça o nome, ele toca bateria no Joan Of
Arc, e também no lendário Cap’n Jazz
e no não menos incrível Owls.
Impressiona-me o quão bem ele escreve suas letras, e elas se encaixam
perfeitamente com a canção. Alguns ótimos letristas não são devidamente
reconhecidos porque a música nem sempre se encaixa tão bem na letra, ou
vice-versa. Algumas letras no álbum são depressivas, e outras te fazem pensar!
Sejam elas sobre garotas ou a vida em geral e as batalhas que todos têm em
algum ponto da vida, todos conseguem se relacionar com o que ele está cantando.
Mesmo se ele não fosse um bom letrista, seus vocais conseguiriam fazer qualquer
coisa soar significativa. Ele poderia cantar sobre bananas e maionese que você
ainda ia ficar de cara. Ele canta com muita emoção e isso é algo que falta em
muitos cantores. Dá pra perceber que ele realmente sente o que canta.
A guitarra no álbum é tocada por
Steve Holmes. Não, não sou um guitarrista, então não posso julgá-lo por
habilidade técnica. Na maioria do álbum ele fica apenas dedilhando, mas há
algumas arranhadas nos clímax. As dedilhadas ajudam a exteriorizar o quão
relaxante o álbum realmente é! A simbiose entre ambiente melancólico e os
acordes preciosamente colhidos da guitarra florescem toda a jovialidade do CD.
Em um álbum muito suave, muitas
pessoas podem pensar que o baterista não se faz presente. No entanto, a bateria
nesse álbum não é entediante. Com esse tipo de música, ele toca algumas batidas
bonitas técnicas e sabe exatamente onde marcar, e quando marcar! Ele sabe
quando deve puxar e quando deve segurar, porque ambos são importantíssimos no
produto final da canção. O que ele toca é bastante técnico, se encaixando no
ritmo das canções perfeitamente.
Através do álbum tudo se encaixa
perfeitamente. De todas as coisas que eu ouvi, esse é tranquilamente o álbum
mais relaxante com efeitos sedativos! Não importa o que você esteja
enfrentando, você vai se identificar com esse CD.
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