O primeiro capítulo na carreira de uma grande banda!
Benton Falls merece cada tanto de crédito que lhes é depositado,
porque é raro encontrar uma banda que assume um gênero comumente criticado,
nesse caso “emo”, e transforma em
algum realmente brilhante! “Emo” não
merece as pedradas e flechadas às quais é normalmente sujeitado, e a simples
existência do Benton Falls é prova
disso. De fato, esse álbum, “Fighting
Starlight”, é uma evidência dessa noção, entregado com habilidade consumada
e emoção crua.
As canções podem ser sobre o
relacionamento tenso, porém amoroso, entre mãe e filho. A voz de Michael
Richardson é um dos fatores chaves que fazem dessa banda tão única- ao invés de
ser vítima de um gemido estereotipado, seus vocais são fortes, claros como um
sino, e embebidos com uma profunda melancolia que é difícil não afetar! O fato
de que ele toca guitarra tão brilhantemente, enquanto canta, com o igualmente
excelente Gerb apenas promovem seus talentos óbvios. Isso é mostrado quando ele
guia a faixa através das mudanças de tempo e de curso, clareando todos os
momentos, com guitarras distorcidas batendo com a mesma facilidade. Maravilha.
As canções tem uma dualidade
soberba; a paleta sonora vai do rock
chill-out para um emo áspero em
um piscar de olhos, com partes mais frias deixando a canção única. As partes
pesadas são mais fortes do que se imagina, mas o fato de que o Benton Falls nunca abandona toda a
melodia e evitar terminar com um rock dilacerante é tão refrescante- ao invés
disso, eles retornam para uma vibração calma e meditativa, e terminam
suavemente, deixando a certeza de que algo incrível esta por vir a caminho.
E você está certo em pensar
nisso! O grito de Richardson é excelente- cru e nu (sem produção fresca para
fazer os gritos ficarem bonitinhos), pairando sobre a música, não caindo nas
armadilhas simplificadoras do screamo.
As letras comoventes são apoiadas
pela instrumentação soberba. As guitarras são temíveis, com riffs mordazes e preenchidos, dominando
e combinando perfeitamente com os vocais irritados ainda vulneráveis de Richardson.
Os vocais de Richardson são
realmente difíceis de culpar. E aqui eu gostaria de creditar a bateria de Eli Deering e o baixo de Vance Gore. Os dois homens têm uma sessão
rítmica impecável, segurando as ranhuras tristes com facilidade e adicionando
uma tensão que é bastante notável. Eles são fortes através de todo o álbum!
A guitarra ascende acordes
melódicos numa espiral de harmonia, com grandes letras conceituando o pacote.
Isso continua até o fim, quando o riff bate com tal ferocidade que vai explodir seu cérebro!
As linhas de guitarras suaves
entrelaçadas de Michael Richardson e Gerb,
Vance Gore gentilmente pulsando o baixo, e a bateria decisiva de Eli Deering ressaltam todo o ambiente
sofisticado/triste estilístico do álbum. Uma grande peça de música em seus
próprios termos!
'Fighting Starlight' vale cada centavo, simples assim! A
musicalidade brilhante, letras sinceras, guitarras soberbamente ritmadas, o baixo
pulsante e a bateria nítida adicionados na mistura e se você ouvir esse álbum,
invariavelmente vai escutá-lo de tempos em tempos. Simplificando- ouça isso, e
não vai mais olhar pra o midwest emo
do mesmo jeito.
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