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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Grant Hart- The Argument [2013]



Como a legacia do Husker Du tem mostrado, parcerias iguais em composições não necessariamente se traduzem em igualdade de estatura. Através do legado entre 1980-87 dos pioneiros do popular barulhento de St. Paul, Bob Mould e Grant Hart exibiram uma divisão Lennon/McCartney nas composições (e as purulentas tensões internas que levaram ao resultado que todos conhecem), mas em termos de perfil público pós-rompimento, Hart pode melhor ser Pete Best. Enquanto Mould tem permanecido nos holofotes entre miríades de empreendimentos- vendendo centenas de milhares de gravação com o Sugar, ou sendo convidado para os álbuns do Foo Fighters- Hart tem gravado apenas esporadicamente, levando vários anos e às vezes, décadas inteiras entre lançamentos. E se ele está servindo aos prazeres do Power-pop (Good News for Modern Man, de 1999) ou a psicodelia esgotada de baixo custo com a assistência de vários membros do Godspeed You! Black Emperor (Hot Wax, 2009), seus álbuns tem sofrido do mesmo destino sem cerimônia, emitidos por micro selos obscuros independentes e majoritariamente ignorados.

Inevitavelmente com um álbum dessa escala, há momentos onde as tentativas interpretativas do Hart substituem a constituição musical. Mas por toda sua expressão, The Argument mantém um ritmo acelerado, com uma inspiração White Album no sentido de irreverência que garante Hart nunca ficando parado em um mesmo lugar por muito tempo. Sem dúvidas, o espírito errante do álbum e a sensibilidade barroca apresentam um desafio aos fãs da velha escola que desejam que Hart e Mould enterrem o machado de uma vez. Mas a grande coisa sobre o The Argument é que, não só faz a reformação do Husker Du parecer uma possibilidade ainda mais remota, faz a perspectiva inteira muito mais indesejável e desnecessária.

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