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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Vamos apenas fingir que tudo ,e nada-entre mim e você- nunca foi destinado a acontecer.




Como apenas esquecer tudo o que fizemos? Como aceitar essas despedidas? E quando eu te vires novamente, como vou fingir que tudo aquilo- as conversas, as madrugadas, as tardes ouvindo discos juntos- como vou fingir que nada disso aconteceu?

Eu me lembro de nós no jardim. Completamente infelizes. “Você vai para sempre?”, você perguntou. “Eu não sei”, respondi. Eu queria estar errado. Nunca houve outono mais frio. Mais distante. Você segurou minha mão e me disse: “o inverno ainda nem chegou”.



Honestamente, eu não lembro porque disse aquelas coisas. Está tudo nebuloso, incerto. Eu vejo nossas fotos. “Aquele pessoa até que é parecida comigo”, penso. Lembro-me do nosso primeiro beijo. Como as coisas mudam. Como é complicado...

“Ainda está longe”, você dizia. Mas Junho - o mês do meu aniversário, o mês de nosso aniversário, o mês de minha partida- chegou. Como éramos diferentes. Você, preocupada com a aproximação do mês. Lembrei-me da garota que ficou assustada com a aproximação de outro planeta.



Mas os idiotas têm de partir. Não tinha dúvidas em relação à isso. Tantas pseudo despedidas, vários “até logo” inúteis. Todos esses anos deixados para trás. Eu resisti bem e segurei minhas emoções. Todos esses anos. Todos os fragmentos da minha vida. Fragmentos de outro “eu” que sumia a cada abraço. Fragmentos de um “eu” que morria.

Desentendimentos. Alguém interpretando alguém erroneamente. Mas nós somos apenas seres humanos com interesses distintos nos relacionando. Coincidências. O nome de outra pessoa na hora errada. Minha convicção em permanecer sozinho. Considerando tudo, só fazia sentido eu terminar tudo. As palavras estavam ficando mortas. As ofensas, gratuitas. Quem fala mais alto. Não faz mais sentido. Eu te vejo novamente quando ambos não formos tão emocionais.

Eu voltei. Tanto tempo. Tudo mudou, mas a grama da sua casa ainda está da mesma forma. E você... Eu vou ficar em casa, então. Simpatia, energia- não preciso dessas coisas, agora. Assim é a vida, tão social. Assim é a vida...Tão desgastante, tão emocional. Então eu vou ficar em casa...


 

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