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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Toundra- Toundra (II) [2010]

“Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios.”, Mia Couto

A rotulação de bandas que tocam instrumental no gênero “post-rock” já se tornou praticamente automática, tudo bem, porque é um termo que resume as ambientações, interlúdios e experimentalismos possíveis dentro do gênero. O Toundra, de Madrid, não foge a regra.  Estando na ativa desde 2004, a banda está criando um projeto ambicioso ao lançar álbuns conceituais que dialogam entre si. O espaçamento bianual entre cada lançamento logicamente deixa pistas de uma construção que vai além da música. A gravação apresenta mudanças bruscas do seu predecessor, mas com o mesmo ciclo de repetições e escapes.

O Toundra usa as noções básicas do pós-rock, eles conhecem bem essas estruturas e passeiam por pelas distorções, ruídos e ambientações com um conhecimento empírico enorme. O pós-rock instrumental é certeiro, guitarras altas e fortes, o baixo mais convidativo, notáveis quantidades de melodias sobrepostas. Toundra passeia por todos os estados, desde a contemplação, interlúdios até partes minimalistas quietíssimas, sempre com um resquício épico formando o trabalho incisivo do conjunto!

Com composições que abrangem grandes estruturas, adicionando diversos elementos populares/eruditos, o Toundra aposta em uma linha mais dura. Pode soar muito parecido com outras bandas como Mono ou This Will Destroy You, mas quando o ouvido vai se acostumando percebemos que é muito mais que um mero clone. Na selva de inúmeras bandas que é o post-rock (novamente, hoje em dia qualquer banda instrumental criando paisagens sonoras leva essa tag), o Toundra se destaca por abordar elementos conhecidos em prol de uma estrutura geográfica, apresentando um subterrâneo rico musicalmente.

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