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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Entrevista com Everyone Everywhere

Na primeira vez que eu ouvi Everyone Everywhere, senti uma conexão clara com as bandas de 90. Até cheguei a afirmar nesse blog, que se o Joia De Vivre é o novo Mineral, eles são o novo Promise Ring. Mas isso não coloca a banda em uma eterna nostalgia, pelo contrário. A capacidade de fazer referências claras às maravilhosas bandas de 90, ainda assim mantendo algo que soa fresco, é fabulosa. 

Por ser uma das minhas bandas favoritas, é óbvio que fiquei contentíssimo quando o vocalista, Brendan McHugh, aceitou responder minhas perguntas. Abaixo, ele mantém o bom humor, não sem uma ponta de sarcasmo e ironia:
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1. Você já gosta de todas as outras pessoas?

Brendan McHugh: Seria difícil gostar de todas outras pessoas, porque muitas pessoas são desagradáveis. Mas há muitas pessoas boas, e nós gostamos delas.

2. Ambas capas de seus álbuns são muito tocantes. Elas têm alguma razão pessoal para os membros ou apenas aconteceu de vocês gostarem da arte?

Brendan McHugh: Nós achamos que as fotos eram interessantes, e gostamos delas como um par. Parecia haver um vínculo intrínseco. Cores quentes e cores legais. Elas são fotos interessantes que encontramos e de alguma forma ressoou com a música que havíamos composto.

3. Vocês foram à Europa ano passado. Você pode nos descrever um pouco da reação que obtiveram lá? E o que vocês sentiram vendo outras pessoas de outra língua cantarem suas canções?

Brendan McHugh: A Europa foi boa. As reações foram positivas, nós não fomos vaiados (que eu lembre). Contar piadas no palco foi difícil devido à língua e barreiras culturais. Nosso senso de humor não é exportado bem. A música foi legal, pareceu que todos gostaram disso, mas as piadas foram um fracasso.

4. Quais coisas vocês aprenderam fazendo turnê que nunca aprenderiam em um emprego burocrático chato?

Brendan McHugh: Fazer turnê é uma ótima maneira de subsidiar viagem. Você aprende como dormir em uma van.

5. Quais são as bandas que você recentemente se apaixonou?

Brendan McHugh: Lizzy Mercier Descloux, Julia Holter. Matt possui um programa de radio que você pode ouvir online (https://www.facebook.com/thenewmattshow), e seus playlist são excelentes.

6. Qual é o próximo plano da banda?

Brendan McHugh: Nós devemos gravar algumas novas canções. Esperançosamente nós vamos encontrar tempo para fazer turnê em algum lugar exótico.

7. Quais são suas reações sobre todo o hype em cima do “revival” que vocês e outras grandes bandas tem realizado desde sempre? Eu quero dizer, vocês acham bacana todos esses grandes websites falando da “cena” ou eles só estão exibindo lados selecionados de algo que é mais profundo que isso?

Brendan McHugh: Nós vamos continuar fazendo isso que estamos fazendo nos últimos seis anos independentemente do que quer que esteja acontecendo. Nós não nos importamos. É legal se algumas bandas estão recebendo mais atenção e vendendo mais gravações. O que quer que aconteça está bom.

8. De um lugar muito distante, as apresentações da Filadélfia parecem ser incríveis. Você pode, por favor, nos descrever um pouco disso.

Brendan McHugh: As apresentações na Filadélfia são boas. Há um grupo bacana de pessoas e elas regularmente assistem as apresentações. Muito dessas pessoas são amigas, elas parecem se conhecer; eu tenho a impressão de que saem juntas mesmo quando não estão nos shows. Todas presumivelmente se seguem no Instagram e gostam da foto de cada um, e twittam um para o outro no Twitter. É uma boa comunidade.

9. Literatura é algo que influencia a maneira que você escreve suas letras? Se sim, quais livros te marcaram?

Brendan McHugh: Literatura não é uma grande influência. Eu leio livros, mas não penso em nenhum livro em particular enquanto escrevo as letras. O último livro que li foram primeiras cem páginas de Madame Bovary. Nossa próxima gravação será um álbum conceitual da perspectiva de uma dona de casa entediada na França provincial.

10. Como é seu processo de composição?

Brendan McHugh: Nós tocamos livremente até achar uma parte que gostamos e construímos as canções a partir daí. As letras vêm bem depois e escritas tão rápidas quanto possíveis sob a influência de uma ansiedade severa de prazo.

11. Hoje em dia, qual o nível de prioridade que a banda tem na sua vida?

Brendan McHugh: Nós estamos muito ocupados com outras coisas, e infelizmente a música cai um pouco embaixo na nossa lista de prioridades. Trabalho é a maior pedra no caminho. Nós também estamos ¾ na Filadélfia e ¼ em Nova Iorque, então é difícil manter qualquer prática/composição/performance programadas.

12. Uma vez eu vi fotografias do incrivelmente subestimado “Memórias” (Woody Allen, 1980) em seu website. È realmente um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Você pode, por favor, nos falar de outras formas de arte com as quais vocês estejam conectados e te tocam?

Brendan McHugh: Memórias é excelente. Nós não estamos particularmente arraigados em nenhuma forma de arte exceto filme, talvez. Eu trabalho com cinema, Tommy algumas vezes também. Matt e Brendan G apreciam ir ao cinema.

13. Vocês encontraram boas bandas na Europa que nunca tinham escutado?

Brendan McHugh: Os rapazes do Chalk Talk, que fizeram turnê conosco, nos fizeram ouvir bastante uma banda chamada NOFX enquanto estávamos na van e nós nunca tínhamos ouvido. Eles eram terríveis. O oposto do bom. Nós encontramos algumas bandas boas, mas eu não lembro dos nomes porque foi há um ano atrás.

14. Muito obrigado. Digam qualquer coisa, e se de algum modo vocês vierem ao Brasil, vamos beber algo.

Brendan McHugh: Nós adoraríamos ir ao Brasil algum dia. Isso seria incrível. Obrigado por falar conosco.


You can check their bandcamp : http://everyoneeverywhere.bandcamp.com/ 
And thei facebook: https://www.facebook.com/everyonewhere?fref=ts

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