Talvez, ao ouvir os sussurros das
canções, nós possamos pensar que Gorazde
está tratando de seus prazeres silenciosos ou suas poesias. Mas não. Aqui temos
um relato (quase asqueroso) de um lunático sádico.
O disco relata, com rifes sem
centros tonais na maior parte do tempo, alguém que está fazendo simultaneamente
um ato de sacrifício e ficando satisfeito com o ato de tortura. Avançando na
estrutura lírica, talvez fique evidente que se trata de um serial killer. E
todo terror de The Catechism está palpado nessa proximidade concreta da morte. A
contemplação da paisagem não cura mais nada, e é de maneira direta que o Gorazde diagnostica, com uma voz irritantemente
crua, o ato da falência. Ato representado na garrafa e na continuidade com o vício
alcoólico que vai deteriorando os órgãos, a mente e converte o corpo em poeira
rapidamente.
Não é apenas outro disco sobre a morte,
mas soa sinistro por falar dela sem qualquer, absolutamente qualquer espécie de
reverência.
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