Talvez a melhor introdução para a
produtiva obra do Gustavo Jobim seja esse retrospecto de 2013. Coletânea que reúne
faixas de seus quatro lançamentos de 2013. E talvez porque não foi um
lançamento planejado como “conjunto” ou “conceitual”, temos diversos pontos de
vista em uma aposta que, mesmo tangendo o minimalismo, se mostra surpreendentemente
ampla.
Em suma, essa coletânea funciona como
um guia do que podemos encontrar nos estudos de Jobim, e também para ouvintes
mais antigos, o desenvolvimento de sua obra e em que pontos nós encontramos
semelhanças e disparidades.
A composição se mostra bastante
abrangente, variando entre as estruturas mais simples e outras faixas com
desenvolvimento completamente inesperado. São grandes momentos de inspiração e
manipulação eletrônica que me lembram de Mike
Oldfield ou mesmo a organização de Klaus
Schulze.
Meditações que não se limitam em
formas, um instrumental eletrônico variado que com certeza encontra apoio em estruturas
oriundas do rock progressivo e da música clássica. Temos sempre a impressão de
estar de frente a uma face nova, onde a repetição é modulada de encontro a
elementos que surgem para uma combinação implicitamente distinta.
Embora possa soar muito diverso sonoramente para ser encarado como um álbum, à medida que vamos ouvindo mais cuidadosamente
encontramos elementos que se intercalam, evidenciando que há uma base sólida
que opta por estéticas não confortáveis, mas realizações extremamente autorais.
Componentes distintos que formulam a obra (em andamento) de Jobim.
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